Na tarde de quarta-feira (3), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo das investigações do inquérito que resultou na apreensão do celular do ex-presidente Jair Bolsonaro e na prisão do coronel Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens na Presidência da República. O inquérito foi aberto para investigar a emissão de cartões falsos de vacinação para Covid-19, primeiramente para esposa e filhas de Cid, e mais tarde também para Bolsonaro e sua filha menor. Alexandre de Moraes autorizou a busca e apreensão na casa de Bolsonaro em Brasília, apesar da oposição da Procuradoria-Geral da República. Seis pessoas foram presas, incluindo Cid, o policial militar Max Guilherme, Sergio Cordeiro, segurança de Bolsonaro, o sargento Luiz Marcos dos Reis, o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros e o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha. Outras 16 pessoas foram alvo de busca e apreensão, incluindo Bolsonaro, cujo celular foi apreendido. A investigação sugere que os envolvidos teriam cometido crimes como associação criminosa, falsidade ideológica e corrupção de menores.