A obra de revitalização e modernização do Museu de Mangaratiba, o Solar Barão do Sahy, já tem data marcada para começar. Isto porque, nesta quarta-feira (23) a Presidente da Fundação Mario Peixoto (FMP), Cecília Cabral, assinou o termo que garante a execução do projeto no município. A intervenção será iniciada no mês de outubro deste ano, e a conclusão está prevista para abril de 2024.
A revitalização é fundamentada em três principais etapas. A primeira, de diagnóstico e elaboração do projeto, já foi concluída. Durante um ano a equipe especializada estudou o local para mapear todos os problemas estruturais e propor as soluções. A segunda fase contará com a obra de restauro e modernização, e a terceira incluirá educação patrimonial e formação de mão de obra especializada com jovens do município para acompanharem a execução do trabalho.
Todo o projeto será custeado com recursos disponibilizados pelo Edital ‘Resgatando a História, do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e administrado pela empresa Instituto de Cultura Democrática (ICD). A ICD é uma entidade apartidária e sem fins lucrativos, que já foi responsável por importantes projetos, como a restauração da fachada da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, na capital de SP.
A Presidente do ICD, Rosana Delellis, participou do encontro de assinatura do termo. Em conjunto com a equipe técnica de arquitetos do ICD, ela explicou para os presentes todas as melhorias previstas no projeto de revitalização, os prazos, além de sanar dúvidas.
“A obra de revitalização é muito delicada. Os arquitetos e engenheiros responsáveis vão acompanhar diariamente a execução dela, e a ICD vai fiscalizar a cada 15 dias o andamento. Nosso principal objetivo é, em conjunto com a Prefeitura de Mangaratiba, atingir o público-alvo desse trabalho que são os jovens do município. Eles serão diretamente impactados e vão fazer parte desse momento tão importante”, afirmou a Presidente.
Participaram também do encontro o Chefe Geral de Gabinete, Jonathan Marins Aguiar, o Secretário e o Subsecretário de Turismo e Cultura, Fernando Luís Mattos e Washington Santos, respectivamente, o Diretor de Cultura da FMP, Jeferson Dias, a Superintendente do Museu de Mangaratiba, Juliana Pereira, o arquiteto e secretário do ICD, Marcello Pucci, além de equipe do ICD.
Revitalização e modernização
A revitalização do Solar Barão do Sahy visa recuperar os espaços internos e externos, em busca de torná-los mais acessíveis e modernos para os visitantes. A obra vai promover uma alteração da dinâmica do museu, com adequação da infraestrutura geral conforme as normas legais vigentes. Restauro das fachadas e do portão, construção do elevador acessível panorâmico, jardim externo, banheiro PCD, e de um espaço de café, estão entre as melhorias propostas.
No primeiro pavimento ficarão os acervos que contam a história do município, e o segundo andar contará com estruturas para a realização de oficinas de audiovisual, roteiro e mixagem, atividades voltadas aos jovens moradores da cidade. O trabalho vai proporcionar ainda uma reformulação da estrutura elétrica e hidráulica do prédio, além da construção do sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA), descupinização, drenagem externa, e da estrutura do telhado.
“Estamos muito felizes com a assinatura do termo para o início das obras. Só temos a comemorar essa importante conquista para a população e para a cidade. A reforma do museu é um sonho antigo, e além disso, um compromisso com a cultura da cidade. Quero agradecer ao empenho das equipes da Fundação Mario Peixoto, para que o projeto pudesse sair do papel, e o total apoio oferecido pelo Prefeito Alan Bombeiro”, comemorou contente a Presidente da FMP, Cecília Cabral.
Sobre o Museu de Mangaratiba:
Localizado na Rua Coronel Moreira da Silva, no Centro de Mangaratiba, o prédio pertenceu ao Barão do Sahy (Luis Fernandes Monteiro) e calcula-se que sua construção se deu por volta do ano da emancipação do município, em 1831. O local, tombado pelo Patrimônio Histórico Estadual, já foi o Paço da Câmara Municipal nos áureos tempos do café e em 2011 transformado em Museu Municipal pela Lei nº 754. Hoje, o espaço abriga o salão de exposições José Pancetti e uma loja de artesanatos no andar térreo. Sua última reforma aconteceu em 1987.