A proposta de extensão da jornada de trabalho 6×1 (seis dias de trabalho com um de folga), apresentada pelo Movimento Vida Além do Trabalho, tem polarizada opiniões entre entidades sindicais e representativas dos trabalhadores. A discussão se intensificou após a formalização da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), em trâmite na Câmara dos Deputados
Argumentos a Favor da Proposta
Central Única dos Trabalhadores (CUT):
Federação dos Sindicatos dos Metalúrgicos da CUT-SP: Um
União Geral dos Trabalhadores (UGT) : A
Argumentos Contrários à Proposta
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP) : A
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) : A Fiesp enfatizou que a Constituição já permite a negociação de jornadas de trabalho diferentes, com base no artigo 7º. Segundo dados do IBGE, a média de horas trabalhadas por semana é de 39,2, o que, para a entidade, demonstra que ajustes já ocorrem naturalmente. A federação defende a importância de acordos coletivos para atender às necessidades de diferentes setores e garantir a sustentabilidade das empresas.
Associação Comercial de São Paulo : A associação destacou os riscos de aumento nos custos operacionais para as empresas, que, por sua vez, seriam repassados aos consumidores, elevando o custo de vida. “Se uma empresa optar por arcar com os custos extras, isso refletirá no preço final dos produtos, penalizando o próprio trabalhador”, alertou a entidade, que classificou a proposta como um “retrocesso”.
A PEC continua gerando debates intensos e será comentada com atenção no Congresso, enquanto entidades de ambos os lados defendem seus interesses e visões sobre o futuro do mercado de trabalho no Brasil.