Nesta quinta-feira (14), o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a ser cercado por grades, medida tomada pela equipe de segurança do tribunal após as explosões ocorridas na Praça dos Três Poderes na última quarta-feira (13).
As barreiras conseguidas foram removidas em fevereiro deste ano em um ato simbólico que conto com a participação do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). ). A retirada das notas marcou a reabertura da praça para circulação popular, após terem sido colocadas devido aos ataques golpistas de 8 de janeiro.
O motivo do retorno das barreiras foi o atentado envolvido pelo chaveiro Francisco Wanderley, que tentou entrar com explosivos no edifício-sede do STF. Impedido pela segurança, Wanderley acionou os explosivos e morreu no local.
Questionado sobre a situação, o ministro Barroso negou falhas nos procedimentos de segurança: “Não houve falha na segurança. Esse cidadão se explodiu porque não conseguiu entrar. Ele ia se machucar aqui dentro. De modo que a segurança funcionou perfeitamente”, declarou.
Barroso lamentou o impacto ocorrido na livre circulação pela praça: “Estava muito bonito a praça sem notas, as pessoas voltando a passear. Em qualquer lugar do mundo, alguém que coloca uma bomba no corpo para se matar e matar é um terrorista. É lamentável que um ato como esse impeça que a praça seja do povo como deve ser.”
Mais cedo, o presidente do STF reuniu-se com a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, e o secretário executivo da Secretaria de Segurança Pública, Alexandre Patury, para discutir as investigações. Patury informou que o retorno das notas foi uma das primeiras medidas sugeridas para garantir a proteção do tribunal e que estão em análise de tecnologias adicionais, como câmeras de reconhecimento facial e drones independentes, para fortalecer a segurança.
O secretário ressaltou a robustez dos protocolos de segurança na Esplanada dos Ministérios, afirmando que “tudo o que é organizado, a inteligência consegue captar. Situações esporádicas, onde uma pessoa comete um atentado, são mais desafiadoras.”